Na coletiva de imprensa desta sexta (21.06) na Arena Fonte Nova, o técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, confirmou a presença do volante Hernanes no lugar de Paulinho, que sofreu uma entorse no tornozelo esquerdo. A modificação já havia sido observada durante o treino realizado logo antes da entrevista no estádio de Pituaçu, em Salvador. Quanto ao restante do time titular que enfrenta a Itália neste sábado (22.06) pela última rodada da fase de grupos da Copa das Confederações, Felipão disse que ainda não definiu.
“ Temos dois jogadores – o Daniel e o Thiago – pendurados com cartão amarelo. Ainda não decidi se eles jogarão ou não. Amanhã vou definir. Sei que gostariam de jogar, mas vou estudar. Na situação do Paulinho, optamos por não colocá-lo em campo e é melhor que tenha uma recuperação total”, disse. No caso de poupar Dani Alves e Thiago Silva, Jean e Dante são os prováveis substitutos.
Felipão mencionou algumas diferenças da forma de jogar de Paulinho e Hermanes, em explicação semelhante à que Hernanes havia dado momentos antes.
“Paulinho é um cara que se projeta muito, está sempre na área, tem fôlego muito grande e se recompõe muito rápido. Eu não chego tanto dentro da área, jogo mais com a boa no pé para criar o jogo e começar as jogadas. Chego sempre até o limite da área, para arriscar um chute”, disse Hernanes.
O técnico da Seleção sinalizou que outras mudanças também devem acontecer na partida contra a Itália e nas outras que o Brasil ainda vai disputar na competição, nem que seja durante o jogo, já que deseja testar o máximo de jogadores possível do elenco convocado. Bernard foi citado de forma especial por Felipão.
“Estou doidinho, vesgo, para colocar o Bernard para jogar, nossa, que alegria nas pernas tem aquele guri! Que coisa linda de ver. Mas tem o Lucas também, com alegria nas pernas...e aí? Não sei se vou conseguir lançar todos, mas vou colocar o máximo que puder, além de servir como observações para o Mundial”, disse.
Quanto à formação em que David Luiz joga como volante, Scolari voltou a dizer que pode ser uma opção para o decorrer da partida e não para iniciar jogos.
Homenagem
Na véspera de uma partida contra a Itália, Felipão lembrou a conquista do tricampeonato mundial de 1970. Há 43 anos, em 21 de junho, o Brasil comemorava o título no México, após vitória por 4 x 1 justamente sobre a Azzurra. “Um dos tricampeões está ali, é o Carlos Alberto Parreira. Para que a gente fosse tetra ou penta, a gente precisava do tri. Portanto nossos agradecimentos ao Parreira e a todos os que ali estiveram. Para a Seleção foi uma conquista muito importante”, disse.
Para Felipão, aquela equipe jogava de forma magistral e o técnico Zagallo teve um papel fundamental para isso. “Zagallo foi um grande inovador de sistemas. Pessoal diz que foi o fulano... não, foi o Zagallo naquela Copa. Rivellino no lado esquerdo, Gérson marcando, a equipe toda voltando pra fechar os espaços. Hoje falam que isso é uma maravilha, mas Zagallo já fazia aquilo”, completou.
Treinos abertos
Antes de dar início às perguntas dos jornalistas, Felipão falou sobre treinos abertos ao público. “Quero deixar clara uma situação que está envolvendo a Seleção e não nos compete. Fomos repreendidos severamente pela FIFA por ter aberto o treino em Fortaleza. Digam a todas as pessoas: não vamos mais abrir o treino, não é permitido. Não somos nós, não sou eu. E é bom que todos saibam, para que a gente não passe por situações que passamos, como vaias. Infelizmente, eu tenho aberto treino todos os dias, mas em véspera de jogo vou fazer o que a FIFA solicitar”, esclareceu.